domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cobertores de Papa ou Mantas Lobeiras




Os Cobertores de Papa eram os preferidos das nossas avós para nos aquecer nas noites frias de Inverno e eram também usados pelos pastores que protegiam-se assim do frio da madrugada.

São produzidos no concelho da Guarda num sítio chamado Massainhas, só já existe uma única fábrica, a única em todo o Portugal. O tecelão é um senhor com 77 anos, que fala dos tempos em que os cobertores eram exportados para o Brasil ou para a África do Norte, que conta como era fácil encontrar a lã churra usada para estas mantas lobeiras, uma lã mais comprida, grossa e macia que permite ao cobertor ter depois o seu aspecto característico com pelinho, mas hoje em dia já não é assim e apenas consegue encontrar alguns quilos desta lã. A ovelha churra é oriunda de Idanha-a-Nova, Monsanto e Medelim mas encontra-se também em extinção.
Na fábrica, o tear é de madeira, tece estes cobertores que depois de cortados vão aos pisões para feltrar e depois são cardados sendo por fim secos. Temos no fim os nossos cobertores que pesam, em média, três quilogramas e medem 170cm de largura e 240cm de comprimento.

Obrigado Sr. José Freire por continuar a dar vida aos nossos Cobertores de Papa.


                                Cobertor de Papa Branco, 70€

                                Cobertor de Papa Riscado, 75€





sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ovelha campaniça: Preservação da raça em extinção pode passar por produção biológica ou integrada


A ideia de voltar a ter ovelhas na quinta veio desde logo com o projecto, produzir queijo, ter a nossa lã, pastorear. A nossa preferida é a Campaniça, por raizes Mertolenses, pela boa lã macia, pelo bom leite, por ser autoctone do nosso território e para ajudar a preservá-la do risco da extinção eminente. O que ainda desconheciamos, até ler o artigo que se segue da Lusa, é de como a agricultura biológica pode vir a ter um papel fundamental na sua preservação.

"A preservação da ovelha campaniça, raça autóctone do Sul do distrito de Beja em risco de extinção, pode passar pela criação de rebanhos através de produção biológica ou integrada, defendeu hoje o secretário técnico da raça.
A "extrema resistência" da ovelha campaniça a doenças e às condições adversas da região onde é explorada e o seu papel agro-ambiental, "fundamental" para preservar pastagens extensivas, são "oportunidades" para o futuro da raça, disse Claudino Matos, da Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS).
Por isso, a raça "adapta-se" e "pode ser produzida e preservada através de modos de produção integrada ou biológica", que são "promovidos" pela Política Agrícola Comum (PAC) e "incentivados" pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), frisou."



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011