Nasce do constante contacto com o meio rural, ao longo de um projecto de artes plásticas, as horas, dias e meses que levei sozinha numa malhada e mesmo quando a levava comigo não estando a trabalhar nela, despertaram-me aos poucos para a questão rural e antropológica, para o contacto com a terra e o seu poder fecundador. Surge a vontade de dar vida a uma quinta que como tantas outras deixou de produzir e é apenas uma imensa área abandonada, recorrendo a livros, a ensinamentos, à permacultura, à agricultura biológica... o objectivo é aprender, é pôr as mãos na terra, mergulhar nas estórias da noite... um pequeno mergulho etnológico com o objectivo de partilhar e descobrir objectos tão nossos como o fuso talhado toscamente em madeira de urze.
Palmela, Portugal
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