quinta-feira, 28 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Solo através das Plantas




O Solo é a fina camada existente à superfície da terra e que demora milhares de anos a formar-se podendo transformar-se num recurso de difícil cultivo devido à erosão, é o caso dos desertos que foram em outros tempos terra fértil. A erosão dá-se por perda de matéria orgânica no solo.


A fertilidade do solo é o resultado de 3 tipos de propriedades:

  • boas propriedades físicas (boa estrutura, arejamento, humidade, facilidade de trabalho);
  • boas propriedades químicas (boa fixação de elementos nutritivos e boa troca entre solo e planta ou boa capacidade de troca);
  • boas propriedades biológicas (vida intensa participando activamente na nutrição das plantas)

Para começarmos a ter uma noção base do tipo de solo com que estamos a trabalhar existem algumas plantas que nascem espontaneamente e nos permitem perceber que qualidades o solo possuí, mesmo sem ainda a termos submetido a uma análise em laboratório.




No Voo do Arado já reconhecemos as seguintes plantas, algumas em zonas diferentes:

Dente-de-Leão = solo compacto, bom para a maioria dos legumes, as minhocas gostam da terra à volta do dente-de-leão porque quando esta erva se decompõe produz húmus neutro.

Falsa salsa = solo arenoso, sem cálcario

Saramago ou Labresto = disponibilidade de potássio, transporta o potássio para a superfície

Quenopódio ou catassol = solo rico em composto orgânico


Ésula-redonda, Tremocilha, Urtiga, Erva-Moira = solo rico em azoto


Imagens de Rosa Gamboias, 1 e 2 flor e semente de Dente-de-Leão, 3 Tremocilha
Imagem nº4,  Ésula- Redonda, Jan Kops - Flora Batava, Volume 4 (1822) 
Bibliografia: As Bases da Agricultura Biológica Tomo I - Produção Vegetal, Jorge Ferreira (coordenador)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

No começo de Abril - 2011

Estivemos a apanhar algumas alfaces e fizemos novos canteiros para couves, manjericão e cebolinho. Tudo conforme, embora as primeiras pragas e falhas no sistema de rega nos tragam algumas chatices e desilusões. O trabalho continua. As experiências e vontade também!


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pôr a par....

As árvores encheram-se de flores, as ameixeiras vestiram-se de branco e os pessegueiros de rosa, as laranjeiras e limoeiros salpicam-se de laranjas e amarelos, e enquanto isso na nossa horta os agriões ganham corpo. As galinhas já começaram a pôr, temos ovos e mais ovos, chegamos a tirar aos 10 por dia, e a Daisy é sempre uma das primeiras a chegar à capoeira assim que se apercebe que está na hora de apanhar os ovos da palha...








Fotografias de Teresa Roriz

domingo, 3 de abril de 2011

Livraria do Lavrador

Aos mestres e aos discípulos...

« ... Dos jovens nascidos de familias agricolas que permanecem fiéis ao horizonte natal, poucos são os que podem procurar a escola distante. Por isso necessário se torna que a escola vá ao seu encontro e, abandonando fórmulas rigidas, se disperse e multiplique em focos avulsos e se insinue pelos pequenos nícleos de população rural, conquistando os espíritos, esclarecendo as aptidões e despertando as vontades para iniciativas fecundas...»

Mário Veríssimo Duarte, Conhecimentos da Natureza para o Curso Complementar de Aprendizagem Agrícola, 2ª Edição, 1962

Gosto de livros velhos, prefiro até as edições mais velhinhas, às últimas. Folhas esfolheadas, folhas amarelecidas com o tempo, que foram de outros. Estes vieram porque não lhes resisti, o da esquerda é da década de 60 usado no ensino complementar agrícola, fala-nos dos fenómenos atmosféricos, viaja por geologia percebendo o que é lavrar, as camadas pelas quais a terra agrícola é composta, na biologia passamos pelo bichinho da seda, pela cabra, o coelho, pelas plantas, as abelhas... e passa também pela física, o sistema de forças, onde os exemplos nos são dados com o carrinho de mão que temos que levar ou a faca de cortar bacalhau. E a capa deslumbrou-me, é das oficinas gráficas da Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis.

Depois vem o livro da década de 20, um livro de trabalho, marcado com manchas do uso, meio enrolado pela humidade de uma suposta mesa onde se produziu manteiga ou queijo ou ainda se aprendeu a acondicionar o leite. Este será para uso directo no processo que quero fazer da produção da manteiga e queijo, faz parte das publicações do Lavrador, e era o numero XLI, a quem encontrar mais números destas publicações não se faça de rogado e diga. Eu e o Voo do Arado agradecemos!